POLÍTICA
Braga Netto nega ter pago a kids-pretos para golpe de Estado
Kids-pretos seriam responsáveis pela execução do plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
Por Lula Bonfim

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), negou nesta terça-feira, 10, durante depoimento à Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), ter dado dinheiro para militares que faziam parte do esquadrão de elite do Exército — os “kids-pretos” — para financiar uma tentativa de golpe de Estado.
De acordo com delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os kids-pretos seriam os responsáveis pela execução do plano “Punhal Verde Amarelo”, que visava matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
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Ainda segundo Cid, Braga Netto entregou a ele uma caixa de vinho recheada de dinheiro. Essa verba seria destinada aos kids-pretos, visando financiar o plano golpista que idealizava manter Bolsonaro na presidência do país, mesmo após perder a eleição para Lula.
"Eu não pedi dinheiro para ninguém e não dei dinheiro nenhum para o Cid", assegurou Braga Netto, durante o interrogatório realizado de maneira virtual.
Ataque aos comandantes
Durante o seu depoimento aos ministros da Primeira Turma do STF, Braga Netto também negou a versão, delatada por Mauro Cid, de que ele tenha organizado ataques virtuais aos comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior, que se recusaram a aderir ao plano golpista.
Ainda segundo a delação de Mauro Cid, o almirante Almir Garnier deveria ser poupado das críticas nas redes sociais porque teria colocado as tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro.
"Eu jamais ordenei ou coordenei a nenhum dos chefes militares. Pelo contato que eu tinha com eles, se eu tivesse que falar alguma coisa, eu falaria pessoalmente com eles”, afirmou Braga Netto.
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